No dia 9.11.17, foram apresentados sob detenção ao Juízo Central de Instrução Criminal de Setúbal uma mulher e um homem, casados entre si, por se terem apropriado indevidamente da quantia de cerca de um milhão de euros, com o pretexto de que geriam carteiras de fundos, garantindo mais-valias elevadas mediante a cobrança de uma comissão de 10/prct..

A vítima foi sendo ludibriada, desde Setembro de 2004 a Setembro de 2017, com a receção de extratos falsos dos seus investimentos, os quais documentavam que o capital que investira, de cerca de um milhão de euros, gerara já nove milhões de mais-valias.

A mulher trabalhou numa instituição bancária até Maio de 2016, o que reforçou a crença da vítima que o seu património estava efetivamente a ser gerido e a propiciar-lhe um rendimento elevado.

Indicia-se a prática de crimes de burla qualificada e de falsificação de documentos.

Os arguidos ficaram sujeitos às medidas de coação de entrega de caução de 200 mil euros, de obrigação de apresentações periódicas a entidade policial, à proibição de se ausentarem para o estrangeiro e à proibição de contactarem com a vítima.

A investigação prossegue sob direção do DIAP Sede da Comarca de Setúbal e a cargo da Polícia Judiciária de Setúbal, que efetuou a detenção dos arguidos, após a realização de buscas.