No dia 12.12.17, o Juízo Central Criminal de Setúbal condenou 6 arguidos pela prática de crimes de abuso sexual de crianças, de atos sexuais com adolescentes, de pornografia de menores e de usurpação de funções.

O Acórdão foi proferido sobre a factualidade conhecida como “Verdade Celestial”, que diz respeito a um grupo de indivíduos, homens e mulheres, sob a direção de um deles, que se dizia Mestre do grupo, a que chamava de “Verdade Celestial”, fazendo-se também passar por psicólogo, assim conseguindo que fossem entregues ao seu cuidado crianças e adolescentes para atividades de tempos livres.

O grupo reuniu-se numa quinta em Palmela, nos anos de 2014 e de 2015, local onde, no contexto dos rituais estipulados pelo Mestre, foram abusadas 8 crianças e adolescentes, dois deles filhos de dois dos arguidos.

Os arguidos foram condenados em penas de prisão de 23 anos, de 19 anos, de 8 anos e 4 meses, de 7 anos e 8 meses, de 7 anos e 5 meses e de 7 anos.

Mais foram os dois arguidos que abusaram dos próprios filhos inibidos das responsabilidades parentais até à maioridade daqueles.

Dois dos arguidos foram ainda condenados, a título de danos não patrimoniais, ao pagamento de €30.000 cada um e outros dois arguidos, no montante de €10.000,00 cada um.

Quanto aos danos patrimoniais, estes quatro arguidos foram condenados no pagamento de €72.000,00, acrescidos de juros, no que se vier a liquidar em execução de sentença.

A acusação fora proferida pela Unidade Semi-Especializada em Crimes Sexuais do DIAP Sede da Comarca de Setúbal e os arguidos aguardaram julgamento em prisão preventiva.

A condenação ainda não transitou em julgado.